domingo, 12 de dezembro de 2010

Um brinde a ousadia e a determinação!

Hoje resolvi escrever um pouco mais sobre o processo geral da peça Acorda Marias, Clarices, Joanas...um texto que faz parte de um projeto pessoal de longa data, mas que sempre ficou nos planos e no papel, talvez por receio, medo de ousar, ao certo, podem ter sido por vários motivos, mas que também, podem ser justificados apenas com um dito: "Tudo tem o seu tempo certo para acontecer".

Quando falamos de sonhos, mesmo filosofando que devemos sempre lutarmos para realizá-los, mesmo assim, muitas vezes nos deixamos perder, pelo eterno vilão da vida, a descrença, as vezes, temos tudo ali em nossa frente, papel, caneta, idéias, criatividade, potencial, incentivo, mas mesmo assim, insistimos em acreditar que talvez não iremos conseguir, afinal, quando utilizamos a razão, verificamos que tudo a volta, tende a isso mesmo, mas é exatamente nessa hora crucial, a hora exata para você testar a sua capacidade e acima de tudo, a sua força de vontade e ousar.

Desafios?! Nossa! Muitos. Dificuldades?! Diversas. Desmotivações?! inúmeras, a contar que amamos a arte, mas sabemos que para colocarmos um projeto independente no palco, não é nada simples, infelizmente! Mas mesmo com todos os obstáculos, inclusive naturais do curso da vida, consegui, junto com queridos e valiosos amigos, retirar um projeto do papel e transformá-lo em realidade nos palcos.

Pode parecer piegas ou dramático abordar sobre isso aqui, mas onde mais abordaria senão no blog que também é um assistente dessa equipe, um auxiliar de divulgação, assim como muitos outros que nos auxiliaram com tanto carinho, respeito e acima de tudo amizade, sim, por que esse projeto eu poderia chamá-lo de a “ união e força de amigos”, nossa! e como é importante falar deles, por que sem essa parceria fiel e leal, não teríamos conseguido, apoiadores, divulgadores, técnica, atores, direção, trilha sonora, cantora, fonoaudiólogo...todos, absolutamente TODOS, uma grande família que simplesmente disse "SIM" a mim, sem nem oscilar, e abraçaram esse projeto com todo amor que se abraça o próprio filho, e juntos começamos a educa-lo e estruturá-lo para prepará-lo para o mundo, claro que sabemos que estamos na fase bebê, que ainda precisamos orientá-lo, amadurecê-lo, criarmos uma identidade forte e segura, para que ele possa se sustentar e ascender, caminhando com as pernas seguras, mas para isso, com certeza estaremos nos empenhando bastante.

Ao longo dessas 4 semanas, fomos nos testando, recebendo os feedbacks tão importantes, as "críticas" sempre construtivas, por que temos a consciência de que assim como tudo na vida, um espetáculo também só evolui ao passar do tempo, aprendendo com os erros, as falhas, os acertos, fazendo os devidos ajustes, mas sempre firmes e fortes seguindo em busca do seu objetivo que é o reconhecimento merecido.

Mas eu confesso, que para mim, já me sinto uma vitoriosa, na verdade, naquele dia 19-11, as 20h, quando deu o 3º sinal e nós iniciamos a peça, meu coração se encheu de orgulho, de felicidade e acima de tudo de agradecimento, afinal, ali estava começando a concretização de um sonho. De repente, para quem já passou muito por isso, isso possa soar como bobo, mas tenho certeza que o primeiro é sempre inesquecível, e por isso, eu quero saborear esse momento, até enquanto ele não se tornar comum, o que sinceramente eu espero que nunca se torne, e que cada nova peça escrita e estreada seja como se fosse a primeira e me traga sempre a mesma sensação, para que eu possa sempre olhar para trás e dizer: “Apesar de tudo, valeu a pena”.

Estamos nos aproximando do final dessa primeira temporada, mas na certeza de que muito aprendizado levaremos para as próximas, e que iremos continuar buscando sempre melhorá-la e nos melhorar também, para que a nossa mensagem seja transmitida com muito mais ânimo, amor e dedicação, na certeza que, se cada pessoa que for nos assistir, não sair de lá como entrou, nem que seja em 1% que a reflexão a toque, já poderemos nos considerar congratulados!

E para quem ainda não assistiu, na próxima semana sexta (17-12) e sábado (18-12) as 20h. no Teatro Gil Santana – Rio Vermelho, estaremos esperando todos para nos despedirmos juntos da peça Acorda Marias, Clarices, Joanas...

A única coisa que posso dizer nesse momento é: OBRIGADA! =)

Angel Marques

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Peça "Acorda Marias, Clarices e Joanas" - Estreia dia 19 em Salvador



Pauta:

19, 21 (Domingo, excepcionalmente), 26, 27 de novembro e 03,04, 10, 11, 17 e 18 de dezembro de 2010 (sextas e sábados), às 20hs.
Teatro Gil Santana – Rio Vermelho 
Valor - R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)

Apresentação

O espetáculo adulto Acorda Marias, Clarices, Joanas...,prepara-se para sua estréia em Salvador no Teatro Gil Santana, no bairro do Rio Vermelho em novembro de 2010.

A idéia de montagem da peça Acorda Marias, Clarices, Joanas... surgiu da vontade de poder trazer para a platéia um conteúdo indagativo e reflexivo, em especial para o público feminino, que é o principal foco dessa produção. Trazendo uma abordagem dramática, mas sem tender ao melodrama, abordando o universo sentimental feminino de uma forma respeitosa, simples, sem teores pejorativos, e em todas as suas nuanças, inspirar uma valorização e um incentivo ao seu amor próprio e ao resgate de si mesma através do autoconhecimento.)


FICHA TÉCNICA

Texto
Angel Marques

Consultor de Dramaturgia
Ivanildo Santos

Direção
Fernanda Avelar

Assistente de Direção
Patrícia Gonçalves

Direção Musical
Edison Rocha

Preparação vocal
Ivan Alexandre

Preparação Corporal
Cristiane Lacerda

Elenco
Angel Marques
Cristiane Lacerda
Juliana Freitas
Vânia Vigo

Iluminação
Emilie Lapa

Concepção de Figurino
Patrícia Gonçalves

Concepção de Cenário
Patrícia Gonçalves


sábado, 30 de outubro de 2010

Por que sofremos?

Nós seres humanos somos dotados de muitas habilidades, podemos dizer que algumas ainda são desconhecidas por nós mesmos. 

Agora, mais do que uma habilidade é a necessidade que temos de nos comunicarmos, de nos relacionarmos afetivamente, de perpetuar a espécie... Enfim, o homem é um ser que nasceu para viver junto com seus semelhantes, ou seja, em uma sociedade, seja ela qual for.

Desde crianças, nos tornamos pessoas através da imagem que temos dos outros, e com eles aprendemos a conviver em sociedade, aprendemos os valores morais, a sermos educados, gentis, aprendemos a respeitar o outro, e é justamente ai que sofremos. Não sofremos por que aprendemos a respeitar o outro, sofremos porque respeitar o outro muitas vezes significa não fazer sua própria vontade.

Um exemplo clássico disso seria as emoções que sentimos (amor, paixão), quando não correspondidas. Eu amo aquela pessoa, mas ela não sente o mesmo por mim. Posso obrigar alguém a me amar, da mesma maneira que eu amo? Não. Eu tenho de respeitar às suas vontades.

Podemos resumir nossas emoções em quatro: o amor, a ira, o medo e o dever. Pode-se incluir nesta lista todas as variações destas emoções.

As três primeiras emoções citadas já são conhecidas. O dever, é mais um desconforto causado por vivermos em sociedade. É um desequilíbrio na estrutura emocional humana: quando a tentativa de ser o que “se deve ser” e não o que “se é realmente” predomina, o desajuste do individuo se manifesta.
Pode-se dizer então que viver em sociedade é a causa de muitos de nossos sofrimentos. Aqueles que não se adaptam as normas da sociedade são excluídos.

O pai da Psicanálise, Sigmund Freud, escreveu que o “o homem é o lobo do homem”. Sim, somos nós mesmos que causamos nosso próprio sofrimento.
Como evitar o sofrimento? Já que o sofrimento é causado pela não realização de uma vontade, a felicidade é o oposto. É um estado ótimo de equilíbrio entre as necessidades psicoemocionais e orgânicas do individuo e as possibilidades de satisfação que o meio ambiente oferece.

Felicidade é regar o vaso, com calma suficiente para olhar a flor e a folha, e ainda lhe sobrar tempo para retirar o mato.
Existem outras formas de sofrimento. Para Freud, o sofrimento poderia brotar de três fontes: do nosso próprio corpo (por exemplo, o envelhecimento), do mundo externo (natureza) e das relações com os outros, discutido aqui.




Erich Belzunces psicólogo 

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Enquanto o amor não vem...

O que desejamos em relação ao amor? Compartilhar a vida com alguém, numa relação de companheirismo, ajuda e respeito mútuo? Encontrar o homem ou a mulher para criar o ambiente ideal para formar uma família e ter filhos? Ou apenas curtir as delícias de um grande amor? Não estamos falando em atração sexual, porque ela é apenas uma parte em potencial. O amor ultrapassa as barreiras do sexo porque é infinitamente maior.

Esther Hicks, autora dos best sellers "A Lei Universal da Atração" e "Peça que será atendido", afirma com convição que "somos seres vibracionais e que se desejamos alguma coisa, temos que ajustar nossas emoções para que estejamos em sintonia com aquele ideal que foi concebido no ato que desejamos, e que vibracionalmente já está à nossa espera. Basta ajustarmos nossos pensamentos para que melhorem nossas emoções e nos façam sentir como se já fôssemos as mulheres mais bem amadas do universo e isso se manifestará fisicamente". É a lei.

Mas, se você é daquelas que já sofreu muito por escolhas erradas, pode pensar: Isso não existe; está faltando homem no mercado e os que estão disponíveis são uns canalhas. É preciso rever esses antigos conceitos e começar a colocar a Lei da Atração a favor de encontrar o homem para viver o estado de plenitude, e manter os pensamentos e atitudes no mais elevado nível positivo.

Reveja também o que sente em relação à SOLIDÃO. Existe uma grande diferença entre estar sozinha e sentir solidão, que é quando você não está bem consigo mesma porque está sentindo a falta de alguém. Algo negativo, porque é um vazio que só pode ser preenchido quando alguém entende que sua existência por si só faz sentido. Estar sozinha significa que conseguimos sentir a plenitude de nossa própria existência.

Nesse estado, sim, emanamos vibrações positivas e atraímos pessoas compatíveis. Iyanla Vanzant em seu livro "Enquanto o amor não vem" nos fala: "É tudo parte do plano divino". O "meio-tempo" é o momento e a oportunidade de construir um relacionamento melhor conosco mesmos. É um processo de auto-reflexão e autoconsciência, em que temos que trabalhar se quisermos ver resultados. O meio-tempo é a oportunidade que temos de aprender a reconhecer todos os relacionamentos e experiências, como meio de cura espiritual e transformação. Em todas as circunstâncias temos que continuar aprendendo a AMAR a nós mesmos. O amor tem uma tal força que se nos engajarmos no processo de amor-próprio iremos alcançar na direção que desejamos."

Mas, cuidado: isso não quer dizer que você pode se jogar nos braços do primeiro pretendente que aparecer, achando que encontrou o príncipe encantado. Esse é um erro comum que faz com que emoções negativas dominem a vibração e causem frustração. Quando aparecer a pessoa certa iremos sentir com toda a intensidade, em um estado de completa, serena e tranquila certeza. Lembre-se: o amor verdadeiro é CALMO e não causa ansiedade.

Não desanime se não encontrar a pessoa certa em um curto espaço de tempo. Nesse espaço ainda teremos que reconhecer e descartar aqueles que nunca serão o verdadeiro amor, para que estejamos disponíveis quando ele chegar. Quer dizer: cuidado com aquele maravilhoso que diz que vai terminar com a namorada ou se separar da mulher para ficar com você. O amor não é um contrato; é um sentimento, e como tal não admite "regras".

Meu ponto de vista: O problema está nos sonhos e ilusões acalentadas. O quanto de "expectativa" depositamos em algo que nunca irá acontecer. Se você se sente "acima" dos comentários, julgamentos e está imune aos conceitos pré estabelecidos e hiprócritas do que é certo ou errado e, acima de tudo, verdadeiramente se sente feliz... vá em frente! Senão, reflita... O que é realmente bom para você?

E enquanto o amor não vem... cuide de si mesma, de seu trabalho, amigos, aparência, espiritualidade. Cultive boas emoções e pare de reclamar dos homens errados, que logo o certo a reconhecerá. É a lei!

Silvana Giudice Terapia individuais e em grupo.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Os Dez Mandamentos Para Ser Feliz!!


As pessoas competentes são aquelas que conseguem manter uma postura positiva mesmo nos momentos mais difíceis. Ficar com cara carrancuda só piora a situação e não ajuda na resolução dos problemas.

1- Curta mais a sua companhia. Aprenda a viver feliz mesmo sozinho. Convide um amigo para ir ao cinema, mas se não encontrar alguém disponível vá com a pessoa mais fascinante do mundo: você mesmo.

2- Tenha alto astral. As pessoas competentes são aquelas que conseguem manter uma postura positiva mesmo nos momentos mais difíceis. Ficar com cara carrancuda, só piora a situação e não ajuda na resolução dos problemas.

3- Viva com paixão. Procure estar por perto de pessoas com alegria de viver e manter-se afastado de indivíduos baixo astral, aqueles que secam até arruda e pimenteira.

4- Cuide bem do seu corpo. Alimentação, sono e exercícios são fundamentais para uma vida saudável. Lembre-se, o seu corpo é o seu templo. Gostar de você mesmo, significa gostar dos outros e deixar as portas abertas para que gostem da gente também.

5- Invista em você todos os dias. Nós somos arquitetos da nossa personalidade. Quando a pessoa nasce Deus lhe dá um potencial infinito que poucas aproveitam. Pense em si mesma e trabalhe firme. Ser o co-criador de si é o maior desafio da vida.

6- Celebre as vitórias. Compartilhe seu sucesso com pessoas queridas. Mesmo as pequenas conquistas devem ser celebrada com alegria. Grite, chore, encha-se de energia para os próximos desafios.

7- Tenha uma vida espiritual. Conversar com Deus é o máximo, especialmente, para agradecer as dádivas recebidas. Mantenha o hábito de rezar antes de dormir, é bom para o sono e melhor ainda para a alma. A oração e a meditação são forças de inspiração.

8- Crie tempo para as pessoas importantes da vida. Filhos, maridos, pais e irmãos são as pessoas que vão estar com você nos melhores e piores momentos da sua vida. Embora eles não pareçam tão importantes na correria do dia-a-dia, são eles que darão força para continuar.

9- Tenha amigos vencedores. Campeões falam de e com campeões. Perdedores só tocam na tecla perdedores. O diz-me com quem andas, continua válido, mais do que nunca.

10- Diga adeus para quem não lhe merece. Alimentar relacionamentos que só trazem sofrimento é uma forma cruel de masoquismo. Não deixe que relacionamentos inconsistentes atrapalhem sua vida. Se você tiver um marido em casa que não esteja usando: empreste, venda, alugue, doe para uma instituição de caridade, enfim, deixe o espaço livre para um novo amor.



Roberto Shinyashik

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Em busca da Auto Estima Feminina


Ele tem o dom de colocar a sua auto estima lá em baixo.Critica-a, fala mal de tudo o que lhe pertence, não suporta os seus amigos, mas ainda assim diz que a ama. Afinal, que amor é esse?

As mulheres de hoje são independentes, modernas, colocam em primeiro lugar a sua carreira profissional, e longe vai o tempo em que elas vivem debaixo da “asa” do companheiro. Esta realidade é verdadeira, mas apenas se aplica a uma parcela da população feminina. Há ainda um outro grupo que continua a viver pesadelos com o homem que está ao seu lado, aquele que diz que a ama, mas que não consegue, por um momento sequer, elogiá-la, apoiá-la, ou fazê-la sentir realizada. Será esse amor real?

Situações como esta apenas contribuem para uma consequência: a perda de auto estima. A mulher começa a sentir-se pouco importante, vulgar, deixa de ter sonhos, afasta-se da família e dos amigos, em prol dessa pessoa que ama. Podem ser diversos os motivos que levam a que um homem esteja sistematicamente a criticar uma mulher, mas habitualmente verifica-se essa tendência quando estamos a falar de homens demasiadamente ciumentos, inseguros e invejosos. Ainda que em muitos casos, estas atitudes estejam relacionadas com amor, algo doentio mas amor, a verdade é que nem sempre isto sucede. Por vezes, este comportamento serve apenas para esconder um desejo de posse que não se adequa nos padrões normais do comportamento amoroso.

Você foi promovida no emprego? Mudou o seu visual? Inscreveu-se no ginásio? Reencontrou amigos da universidade? Qualquer uma destas situações deviam ser motivos para que ele ficasse contente por si, mas em vez disso a única coisa que recebe é a crítica ou gélido silêncio. Na verdade, o seu companheiro tem receio de a perder, de conseguir ir mais longe profissionalmente do que ele, de conhecer novas pessoas que a possam fascinar e seduzir que não apenas ele. É neste tipo de atitudes que está implícita a insegurança e medo que ele tem de ficar sem si, mas o excesso desses receios da parte dfele podem conduzir a uma crise no casal.

A maioria das vezes o homem nem toma consciência do ridículo das suas atitudes, e se você se limitar a acarretar os seus desejos o mais certo é que ele continue a fazer ainda pior. Por isso, e a partir do momento em que constatar que o seu companheiro tem estas crises, convém falar abertamente com ele e explicar-lhe a situação. Muitas são as mulheres que se deixam ir abaixo com a falta de incentivo e as críticas do seu companheiro, mas antes de mais é importante pensar em si, nos seus sonhos, e ter a consciência de que não está a fazer nada de mal. Afinal, e se foi promovida, poderão juntos concretizar certas “extravagâncias” económicas, ou não?!

O principal problema é começar a consentir determinadas coisas: deixa de falar com aquele amigo de infância porque ele tem ciúmes, não vai ao seu jantar de faculdade porque ele amuou, ou deixa de frequentar o ginásio porque ele não quer que ninguém olhe para si. Todavia, ele continua a dizer que você está gorda, que os amigos dele são melhores que os seus, e que o seu trabalho não é nada cansativo comparado com o dele. Naturalmente, você sentir-se-á com a sua auto estima em baixo, inútil, pouco amada, e sozinha! Motivo principal: as atitudes dele!

Chegará uma altura em que se vai aperceber que já não há ninguém à sua volta, a não ser ele e as críticas que lhe dirige. Não acha que está na altura de mudar? Pode amá-lo muito, mas isso não justifica que tenha que se submeter a determinadas coisas, a ceder a tudo o que ele diz, e a sentir-se mal consigo mesma. Porquê ficar em casa a ver a telenovela quando podia estar a jantar com as suas amigas? Além do mais, ambas as partes devem ceder em algumas coisas, desde que as mesmas se justifiquem, e não apenas um dos lados. O problema é que, nestes casos, só quem cede é a mulher! Pondere se vale a pena ou não levar adiante essa relação, e caso isso aconteça deve começar a alterar os parâmetros da mesma.

Por vezes, aquilo que a mulher acaba por sentir pela outra pessoa é um simples hábito, quando na verdade, e depois de tanta discussão, o amor já terminou há muito. Se o ama realmente, então mude o rumo das coisas e imponha-se, caso contrário parta para outra. O segredo para resolver a situação é conversar bastante, sobre tudo o que diz respeito aos dois, os vossos sentimentos, medos, inseguranças, sonhos. Há que elevar novamente a auto estima, sentir-se bonita por dentro e por fora, voltar a conquistar a sua vida social, deixar-se levar pelos encantos da vida.

Ainda assim, saiba que para alcançar novamente tudo isto, vai ter que haver um rompimento com o passado, quer seja ao nível da própria relação ou dos hábitos de antigamente. Se tudo continuar como antes, é mais que garantido que as coisas vão ficar exactamente na mesma! Ainda que julgue o contrário, este género de relações são mais frequentes do que aquilo que julga. Extremamente negativas para a mulher, podem deixar marcas psicológicas bastante nefastas. E, acredite, que se ele a amar saudavelmente vai apaixonar-se por tudo o que você fizer e jamais a criticará desnecessariamente!


Matéria no site www.mulherportuguesa.com

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Vivo por ele integralmente, e por que não somos felizes?

O encontro amoroso é o encontro de duas pessoas distintas singulares. Isso significa que cada um tem suas necessidades específicas, suas aspirações, desejos e sonhos. O verdadeiro casamento não anula essa individualidade, mas ao contrário preserva-a, acrescentando mais um espaço, o da relação. Cada um continua sendo ele e, além disso, participa ativamente de um mundo comum. São, portanto, três realidades: a do marido, a da mulher e a do casal. 

No exercício da própria individualidade cada parceiro busca energia e alegria para fortalecer a parte em comum. Quando se perde essa autonomia, em nome do amor ao outro, estabelece-se uma relação de dominador e dominado, de escravidão que, mais cedo ou mais tarde, se traduzia em hostilidades, depressão, cobranças e mágoas. Ninguém em sã consciência quer ter prazer, às custas do sofrimento e da submissão do outro.

Aprendemos que amar é renunciar pelo outro, e esse é um grande problema do casamento tradicional, pois provoca a infelicidade e as dificuldades tanto para os parceiros quanto para a relação. Integrar a minha vida pessoal com a vida conjugal é o grande desafio. Viver por alguém ou viver de alguém é o que nos ensinaram. Viver com alguém é o que temos de aprender para termos relações saudáveis e nutrientes. 

Uma certa dependência é natural entre as pessoas, principalmente se estão próximas, vivem juntos e tem objetivos comuns, não existe casamento sem interdependência. Os parceiros pensam um no outro constantemente e gostam de fazer coisas em comum. Isso, porém, não pode ser desculpa para a perda da autonomia de cada um no trabalho, nos gostos pessoais, nas amizades, etc. Não é o que ocorre frequentemente nos casamentos. 

A grande fantasia é querer que o companheiro pense, sinta e haja em sintonia total e absoluta com o desejo do outro. A raiz dessa expectativa é acreditar que um completará o outro. O que é impossível. A relação misturada, simbólica, de dono e escravo, além de tumultuada e dolorosa, encerra perigos reais. 


Quantas violências ocorrem entre casais em nome desse falso amor. Há pouco tempo, vimos pela imprensa o caso de uma rapaz que, por não aceitar o término de um relacionamento, matou sua noiva, matando-se em seguida.
Podemos deduzir sem nenhuma dúvida que era uma relação que, durante algum tempo, um vivia pelo outro, em função total do outro, esquecendo-se do próprio crescimento, das próprias necessidades e da própria autonomia. 

A relação de dependência funciona como tóxico e as pessoas envolvidas tornam-se viciadas uma na outra. Quando uma delas percebe a insanidade da relação e se cansa do sofrimento provocado pela relação e resolve se separar, o outro que continua insano não aceita o rompimento e é capaz de loucuras. A relação afetiva não é para resolver problemas emocionais como angústia, insegurança, inferioridades, medos infantis, afirmação de identidade, desejos de dominar ou se submeter. A relação afetiva é apenas para partilharmos com outro nossa capacidade de sermos felizes. Cada um tem de desenvolver essa competência independente do outro.

Quando acreditamos que nossa felicidade depende do outro, caímos na tentação de controlar o companheiro, através do mando ou da submissão. Nesse momento, a relação amorosa que é lúdica, por natureza, torna-se competitiva e, ao invés da brincadeira, é o jogo que a determina.

A mulher não entende por que o jogo de abrir mão dela própria em função do outro não está funcionando: -“Ele não tem reconhecimento pelo que eu faço”. A questão é simples. Ele também está jogando. Ele percebeu que toda a “bondade” dela é para ter reconhecimento, é para submetê-lo. Ele tem medo de mostrar reconhecimento e ela resolver sair da escravidão. Mulheres que “amam” demais são complementares a homens que “amam” de menos. Para manter a trama perversa ele joga o jogo da indiferença, do difícil, do que pode abandoná-la a qualquer hora. E ela sedenta de reconhecimento, de afeto, aumenta a submissão e ele aumenta a distância. É um jogo sem fim… E todos perdem.

Imaginem um outro cenário: Ela, centrada na própria individualidade, cuidando do próprio desenvolvimento, com amizades próprias, alegre, amando a si mesma e querendo dele apenas um companheiro para sua alegria. E ele, da mesma forma, aprendendo a ser feliz sem precisar dominar ninguém e dispondo a compartilhar sua felicidade com ela. Aí teríamos o verdadeiro casamento, ou seja, a alegria e não as neuroses. Uma boa razão tinha o psicólogo Fritz Pearls quando escreveu:

Eu sou eu e você é você.
Eu faço minhas coisas e você faz as suas.
Não estou nesse mundo para atender às suas expectativas e nem você atender às minhas.
Eu sou eu e você é você.
Se nos encontramos assim, é o amor.
Se não, o que eu posso fazer?

Antônio Roberto (Psicologia Organizacional e de Desenvolvimento de Comportamento Humano)